sábado, 25 de agosto de 2012

Oficina de luz forense 1 - preparação

No último dia 12 de maio publiquei um comentário a respeito da "Manutenção da Criminalística". Apesar de todas as dificuldades podemos implementar soluções e obter resultados. Sem dúvida, é preciso um certo esforço.

A oficina estava marcada para 14 de maio de 2012, então foi preciso preparar o material.

Diante da doação das maletas de local de crime pela Senasp, tivemos um curso das maletas para saber operá-las em locais de crime. As luzes forenses fazem parte desta maleta e tínhamos a pretensão de aprofundar o conhecimento e uso deste novo equipamento.

Lanternas acionadas e filtros em forma de óculos.

Sequência de comprimentos de onda das lanternas fornecidas na maleta.
 A preparação consistiu em testar a eficiência do produto naquilo em que ele prometia fazer: identificar material latente mediante aplicação de luz e filtros determinados.

Produzimos 09 (nove) suportes de cores diferentes, todos em tecido (tricoline mista - 65% algodão e 35% poliéster) com 05 (cinco) fluidos diferentes (sêmen, urina, saliva, óleo vegetal e detergente) usando 08 (oito) lanternas do kit da maleta em combinação com 03 (três) filtros (amarelo, laranja e vermelho). Tudo isso forneceu 207 fotografias que depois foram editadas (cortes) para montar algumas tabelas de comparação.

Fotografia das amostras sob luz forense - mesa de trabalho.

Detalhe dos trabalhos de captura das imagens das amostras sob luz forense.

Exemplo de uma amostra fotografada. Observar que todos
os dados pertinentes à amostra ficaram registrados na própria imagem.
Uma vez produzida a coleção de fotografias, tivemos de editar as imagens para padronizar os tamanhos, ou seja, foram feitos apenas cortes para alinhar as imagens e facilitar a confrontação visual do conjunto de resultados. Abaixo uma imagem "bruta" de diversas amostras agrupadas sob o mesmo tipo de luz (branca).

Conjunto de imagens "brutas" com todas as informações na periferia das amostras.
Inclusive a foto mostra todas as variações de cores utilizadas no experimento.
Abaixo uma imagem acabada do conjunto de uma mesma amostra (sêmen) sob todos os comprimentos de onda:

Apresentação final do conjunto de imagens de uma mesma amostra.
Desta forma produzimos diversas "pranchas" de comparação. Podemos ver acima onde a mesma mancha de sêmen sobre um mesmo tipo de tecido (branco) melhor reage com os diversos comprimentos de onda de luz e filtros.

Evidentemente que alguns fatores não controlados influenciaram o experimento, mas para um primeiro momento entendemos que conseguimos suprir a necessidade da oficina prevista para o dia 14 de maio.


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