terça-feira, 5 de novembro de 2013

1º dia - Curso Fotografia Forense Senasp

Primeiro dia do Curso de Fotografia Forense promovido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública - Senasp em Maceió/AL, com a participação de colegas de outros Estados.

A primeira aula foi de Direitos Humanos! Dr. Pedro Montenegro, conhecido e letrado no assunto, ministrava a aula. Tentei não incomodar mais que o meu atraso e fiz o primeiro registro do curso:

Primeira aula - Direitos Humanos com o Dr. Pedro Montenegro.

Usei meu celular. Que é a primeira tipologia de câmeras fotográficas! Ruim, reconheço, mas fiz todo tipo de tentativa e edição de imagem para fazer o registro abaixo:


Antes disso, prendi a respiração várias vezes (para não tremer o celular) e cliquei diversas vezes para flagrar a melhor posição. Vejam abaixo:

Clique na imagem para ampliar.
Inclusive não pensem que uma imagem é capturada na primeira tentativa e de maneira perfeita. Às vezes, dependendo do equipamento e das condições (luz, posição, etc.) precisamos tentar várias vezes!

Sempre me surpreendo com as palestras do Dr. Montenegro. São esclarecedoras, cativantes e desanuviam muitos preconceitos. É preciso se desarmar para ouvi-lo, sob pena de não agregar conhecimento novo ao nosso repertório.

Eu deveria fazer um resumo, mas me detive a tomar algumas poucas notas, e cito integralmente um trecho presente em sua apresentação:

"O inferno dos vivos não é algo que será; se existe, é aquele que já está aqui, o inferno no qual vivemos todos os dias, que formamos estando juntos.Existem duas maneiras de não sofrer: a primeira é fácil para a maioria das pessoas: aceitar o inferno e tornar-se parte deste até o ponto de deixar de percebê-lo. A segunda é arriscada e exige atenção e aprendizagem contínuas: tentar saber reconhecer quem e o que, no meio do inferno, não é inferno, e preservá-lo e abrir espaços. (Italo Calvino - As cidades invisíveis)."

Não deixam de ser palavras inspiradoras para enfrentar novos desafios.

A segunda aula, "Introdução, câmera e equipamentos", foi ministrada pelo fotógrafo forense João Carlos Staub, de Porto Alegre/RS. Também fiz um registro, ainda utilizando a câmera do celular (3.2 Mpixel).

Segunda aula - Fotógrafo João Staub.

Não escolhi o lugar onde fiquei na sala. Tive de aproveitar a iluminação presente e um ou dois momentos em que o professor melhor se aproximou de mim. Com essa desobrigação, fui brincando com a câmera do celular. A melhor imagem, com edição, foi a obtida abaixo:

Professor João Staub.

Após o almoço, a aula continou com o mesmo professor e tema introdutório.

Abaixo registrei um dos nossos diretores, Severino Lira, completamente absorvido na exposição do professor.

Lira em completa atenção na aula!

Nesta hora decidi fazer alguns testes usando o celular e a minha câmera Nikon D90 que utilizo normalmente nos levantamentos fotográficos de local de crime:

Imagem capturada por celular (3.2 Mpixel).

Imagem capturada por uma Nikon D90 (12 Mpixel).

Enquanto apresentadas num formato pequeno, as imagens acima pouco se diferenciam e geralmente não importa decisivamente qual câmera você utilize. No entanto, nos detalhes e em ampliações as principais diferenças são percebidas, como abaixo se ilustra. Todas as imagens receberam edições (correção de cor e nitidez):



Não é preciso ser muito enfático em esclarecer que a primeira coluna foi produzida pela câmera do celular!

O professor João Carlos Staub expôs conceitos preliminares de como a luz é capturada pela câmera, a tipologia das câmeras, tempo de obturação, distância focal, abertura do diafragma, sensibilidade do sensor e a conjugação de todo esse conhecimento na obtenção de boas fotografias, forenses ou não.

Introdução à Fotografia Forense.

Também iniciou o tema de fotografia em local de incêndio, citando como principal dificuldade a obtenção de luz, uma vez que cenas de incêndio possuem muita fuligem e material calcinado oferecendo fundos escuros em profusão.

Um ponto me chamou a atenção, que é a questão da comunicação da imagem.

Fotografia como comunicação.

Pelo quadro de disciplinas e multiplicidade do corpo docente previsto para este curso de cinco dias que se inicia hoje, não senti muita determinação sobre temas de bastante importância para mim. Tenho certeza que estas dúvidas também vão se estender aos demais colegas no decorrer das aulas.

Não basta que um curso ensine a apertar o botão do obturador (simples técnica fotográfica), mas também se preste a administrar, eficientemente, o fluxo de trabalho (gestão). O próprio conceito de fluxo de trabalho deve ser reconhecido para desenvolvermos a imprescindível cadeia de custódia de todo o material de local de crime, principalmente as imagens.

Banalização da imagem proporcionada pela tecnologia.

Além da técnica e da gestão, imaginem que atualmente temos abundância de dados. Muitos deles levantados por leigos com numerosos veículos de informação. E nisso tudo, onde fica o fotógrafo forense? Qual sua serventia diante de tanta informação? Qual sua postura diante de tanta tecnologia?

São questões de ética, legalidade e atualidades em si! Ainda existem capítulos de cada tema destes que pretendo explorar no decorrer do curso.

Por último, fico feliz de recebermos em Alagoas vinte colegas da Paraíba. Vários dos quais foi facilitador na aprendizagem da arte e da técnica da fotografia! Em breve contarei essa história.

Começando os trabalhos no curso de Fotografia Forense.

Vejam mais no link da PO - Peritos Criminais do nordeste participam de curso em Alagoas.

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